Wednesday, December 12, 2007

MAI UMA DOSE

Não sei se alguém já teve que tomar durante algum tempo algum remédio ou chá, amargo. Caso não tenha passado por essa experiência saiba que depois das primeiras doses, acaba-se acostumando ao gosto do remédio e ele torna-se mais palatável, não fica mais gostoso e sim suportável. Usei este exemplo para ilustrar como as pessoas são capazes de suportar algum sacrifício para obter um resultado, um fim específico. Na verdade o que estou querendo dizer é que as pessoas fazem uso de bebida alcoólica para ficarem bêbadas, em outras palavras, alterarem o estado de sua mente. Ora convenhamos, cerveja, whiski, conhaque, cachaça, vinho e correlatos, não têm paladar agradável, procure lembrar de sua primeira experiência, com o tempo e o costume, vamos aprendendo a apreciá-los, distinguindo e preferindo este ou aquele; uns têm sabor mais encorpado, outros mais suaves. Até inventaram drinks e licores onde o sabor mais adocicado convence até quem não suporta o amargor se embebedar. Enfim, vamos deixar de hipocrisia, ninguém bebe para satisfazer o paladar, bebe para ficar “alterado”, uns com mais e outros com menos intensidade, mas com o mesmo objetivo. Não sou contra as bebidas alcoólicas, confesso que aprecio algumas, principalmente as mais fortes, o que não entendo é: por que é lícito “alterar-se” com o álcool e crime alterar-se com outras substâncias?

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